Estimados leitores, a viagem foi longa, cansativa e divertida, por si só já valeu a viagem. Realmente ontem não dava para escrever, era muita coisa na minha cabeça o pouca energia no meu corpo, então agora de manhã eu posso tentar contar mais ou menos o que foi que aconteceu.
O que esperar de uma viagem toda planejadinha, com cada palmo de chão medido? Que dê tudo certo é claro! Só que comigo não é assim, mal saí de casa e já errei o caminho, eu explico.
Saímos no horário certinho, antes das 6:00 já estávamos passando por Parnamirim, todos felizes e empolgados, piloto, co-piloto e comissária de bordo. Papo vem, papo vai, entramos para Monte Alegre, seguimos para Brejinho, continuei em frente esperando por Santo Antônio quando algums minutos e imagens engraçadas depois me aparece uma mega máquina e uma mega obra de duplicação da estrada!! Como pode, estão duplicando essa estrada também?? Aí olhando mais um pouco mais ao norte em direção do horizonte eis que eu vejo a cidade de São José de Mipibú. Confesso que não quis acreditar, por um instante o sangue me subriu à cabeça, mas me controlei, quantas centenas de quilometros ainda não estavam por vir, quantas vezes eu não estaria fadado a errar o caminho, por sorte mais nenhuma, depois dessa tapa na cara, 40 km jogados no lixo e um pouco de música para mater a animação tudo deu certo.
A pegunta que ficou no ar: 2 GPS, uma Guia de Estradas e três pessoas chegarão ao destino?
Eu falei em imagens engraçadas, posso citar duas: Você sabem como são as coisas no interior, tudo muito calmo, tranquilo, cachorro se coça no meio da rodovia com se não acontecesse nada, criança pelada com uma mão segura o pinto e a outra põe na boca, acredito que depois eu troque as mãos, a da boca vai para o pinto e a do pinto vai para a boca.
Por causa da pequena falha além de alguns quilometros perdemos também alguns minutos, na verdade quase uma hora, pois chegamos às 11:30 em Caruarú e a espectativa era de se chegar uma hora antes. Se eu conhecia a cidade eu não me lembro mas ela superou minhas espetativas, grande, onganizada, diria que sinalizada, pois precisei de ajuda dos locais para chegar à:
Já aqui, não houve espectativa nenhuma superada, primeiro de tudo: cadê as pessoas? A feira estava vazia, pelo menos a gente pode andar tranquilamente. Grande? Sim, é bastante grande e organizadazinha, pois parece que as lojas são setorizadas, roupas por aqui, calçados por ali, frutas lá na frente, carnes, cereais e verduras lá no final e gadgets perto do canal, e que canal mal-cheiroso. Vitão, esperto que é, já se aproveitou para se isentar de uma de suas obrigações. Defrotne à feira há uma espécie de shopping com mais roupas e mais mal-cheiro, uma das placas dentro dele indicava para uma praça de alimentação, já era uma hora da tarde e a fome estava começando a apertar, você podem imaginar o que foi o lanche durante a viagem. Pois bem, a tal praça de alimentação, não tinha um McDonald's sequer, pode uma coisa dessas? Na verdade parecia que haviam aberto uma fossa por alí, eu fiz aquela minha carinha de abuso peculiar e na mesma hora Fabiana percebeu e deu meia volta, saímos todos correndo dali...
O bom de viajar tranquilo é que você economiza combustível, até então já havíamos percorrido 430 km e sequer a luz da reserva havia feito menção de acender, mas já estava na hora de abastecer mesmo, a média ficou em 10,2 km/l para a primeira metade da viagem.
A mocinha do posto nos apontou um restaurante no sentido de volta à cidade, mas eu queria um em direção ao sul, não queria mais voltar para aquele fedor. Daí eu disse que para o outro lado também tinha um bom, a 1600 m, foi o que indicou meu hodômetro parcial.
Chegamos a uma churrascaria na beira da estrada, adoro esse tipo de coisa! Novilho na Brasa era o nome do lugar, o cheiro que este exalava condizia com o horário do almoço, imagine aquele aroma picanha maturada com sangue ainda escorrendo pelas suas entranhas saindo do fogo, ficou com água na boca? A gente também! O ambiente muito agradável, tinha um casal fazendo um som muito legal, o muleque bem desenrolado no teclado e no violão (esse precisava de ajuste, eu só ouvia os bordões) e a mulherzinha com sua voz aguda e suave. Como tinha que ser comemos uma picanha, na verdade meia picanha para não ficarmos muito pesados.
Um gelinho no cooler e mais estrada. Saímos no horário, na verdade no limite, já era umas 13:45 e percorrer 320km para chegar em Penedo não seria mole.
Até então tinhamos percorridos excelentes estradas e não foi diferente pelos 150km à frente, quando mesmo espero do meu lado o co-piloto hora quebrava o pescoço para um lado, ora para o outro, a comissária de bordo tentou escrever algumas linhas no diário de bordo, mas não passou de algumas linhas e eu resoluto, ora subindo serra, hora descendo, chegamos a mais de 700 m de altitude. Não medi com uma trenha, foi o GPS quem disse e nele eu "confio". Mais estrada, tudo tranquilo, pouco trânsito, só o de sempre mesmo, poucos atrasos, até que a BR-104 se sobrepõe à BR-101. Passada a entrada de Maceió começam as obras de recuperação da estrada, vários SIGA-PARE no caminho, filas de carros, caminhões, o cheio forte de hidrocarboneto e o pior, o tempo passando, o sol se pondo por entre às nuvens espessas no céu. Agradeci a Deus por ter evitado até então a BR-101 já que vocês podem imaginar como estaria a região de João Pessoa e Recife, era capaz de eu anoitecer em Maceió, sem ter curtido nada, se é que deu para curtir alguma coisa. To brincando, a experiência foi muito válida.
Com tantos atrasos e com as condições climáticas, à 70 km da entrada para Penedo/AL decidimos fazer uma modificação no roteiro, simplesmente cortamos a travessia pela balsa, já que a expectativa era de chegar por volta das 18:00 e não mais às 16:30 planejadas. O caminho pela ponte é 3 km mais curto, mas pelo menos 30 minutos mais rápido, já que não há balsa para esperar nem travessia para fazer. Mas não fiquem tristes, na volta tem balsa com certeza.
A partir daí começou o desespero e a vontede de chegar logo, de comer o asfalto, eu andava dois km e Aracajú se afastava mais um, eu já tava ficando chateado com isso, mais a frente, obras! Por sorte o pessoal não estava mais trabalhando e seguimos direto, mas com cuidado, é claro.
ARACAJÚ!! - Chegamos, dentro do previsto, 19:20 estávamos na frente da casa de Ana Maria esperando por ela! Sim, esperando por ela! Ouvi alguém falar GPS? Esse aí se revoltou com Fabiana que ficava só tirando com ele e nos levou diretamente ao destino, quando ele disse: "Você chegou ao seu ponto de destino" eu parei em frente a um prédio e perguntei ao porteiro o numeral dalí e este me respondeu sete meia, por um instante eu quis achar que tava faltando uma porque as meias sempre são vendidas aos pares e calçadas também, mas ele se referia ao núemro 76 da rua Firmino Fontes - Atalaia
Começamos a conversar, mas eu mandei parar tudo o que eu queria mesmo era chegar no hotel e tomar um belo banho para depois comer uma coisa bem deliciosa.
Sobre o jantar e as primeiras impressões da cidade eu falarei no próximo post.
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