terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Quarto Dia - Caminho para Maceió

A segunda-feira amanheceu preguiçosa, lentamente fomos juntando nossas coisas e nos arrumando para mais uma pequena jornada. Estrada não tem sido problema para a gente, adoramos e nos divertimos bastante! Mas depois do café do hotel, descemos nossas coisas, fizemos o check-out, o atendente novato tentou enrolar Victor de várias maneiras mas eu estava atento hehehehe. Quando estávamos encerrando tudo lá Fabiana nos liga dizendo que conseguiu contato com sua amiga em Maceió e que queria ir conosco. Como a gente gosta de conforto e mordomia levamos conosco nossa comissária de bordo! Mas antes disto tivemos que pagar o resgate a sua sequestradora que foi trabalhar e a deixou trancada dentro de casa, coitadinha...
De lá seguimos para o Shopping Riomar onde buscávamos um sinal de internet de vergonha para Victor conseguisse fazer uma ligação VoIP, mas sem sucesso, mais minutos jogados no lixo, mas tudo bem, estamos de férias mesmo. Seguimos para a ponte Newton Navarro, digo João Alves, são tão parecidas que eu confundo, a ponte liga Aracajú ao litoral norte começando por Parque do Coqueiros, alí paramos num posto para comprar gelo, nossa geladeira estava esquentando, me perdi um pouco alí, fomos bater na praia de Atalaia Nova, ótimo, mais um destino para o nosso portifólio. rsrsrs

Depois que acertamos o caminho seguimos pela rodovia SE-001, seguimos pelo litoral até ao município de Pirambú, dalí era impossível seguir em frente, a rota continuou para oeste em direção a BR-101. Todo caminho é belíssimo, várias plataformas no horizonte, areias branquinhas e coqueiros. Coqueiros??? Eu acho que vi alguns, eu sei que do outro lado da fronteira é bem diferente! Vi também algumas unidades de bombeio e isso agora me fez lembrar como é forte a influência da Petrobras no estado do Sergipe e principalmente da cidade de Aracajú, tudo gira em torno dela, as unidade são dentro da cidade. Os lixeiros em alguns pontos são verde, amarelo e branco, na ordem do logotipo da empresa.

Na BR-101 percorremos mais 23 km, no penultimo km paramos para completar o tanque, o preço estava convidativo. Só lembrando, sempre peça o cupom fiscal.
No km seguinte entramos a direita, em frente a um posto policial, e seguimos por mais uns 40 km em direção ao Rio São Francisco, próximo o município de Neópolis/SE.

E de cara uma fila imensa para pegar a balsa! Larguei o carro e fui até lá na frente, ver quantos carros tinha, qual era o caso e tirar algumas fotos para ver se o tempo passava mais rápido. Resultado, um caminhão, um trator e 19 carros, e umas 20 fotos. Conclusão: Esperar pela segunda balsa já que não caberíamos na primeira. A travessia custa R$13,00 para carros pequenos, na balsa cabem em torno de 17 carros, a travessia dura uns 15 minutos, mas o embarque e desembarque leva uns 10 minutos também. Só vale pelo passeio e pelo fato que você cair bem pertinho da AL-101, senão vá pela ponte, é muito mais rápido e barato. Com os R$13,00 é possível percorrer pelo menos 72 km de carro.

Chegamos em Penedo-AL, já passavam das duas horas da tarde. A cidade é pequena mas possui um valor histórico imenso. De cara o centro comercial com aquelas fachadas em estilo antigo.

Saímos perdidos pela cidade e demos de cara com essa igreja. - Vai Victor, tira uma foto!

Depois começamos a perguntar onde ficava o museu do Paço Imperial, mas curiosamente as pessoas não sabiam onde ficava, sequer tinham conhecimento do que se tratava! Mas suspeitávamos de um loca e fomos conferir, e achamos, mas antes disso algo me chamou atenção.

Você deve estar se perguntando o que tem demais nessa igreja.

E muito mais outras imagens belíssimas, o teto todo pintado com afrescos, várias imagens de santos. Tem um rapazinho que atende os turistas lá, ele dá boa tarde e aperta o play, começa a falar tudo decoradinho, conta a história da igreja, que ela era particular de uma família abolicionista, a qual recebia os escravos que pedia socorro escondendo-os atrás do atras, num buraquinho na parede que cabiam uns três ou quatro enquanto não eram emitidas suas cartas de alforria. Ai eu perguntei: - três ou quatro dias sem comer, beber, ou sequer ir à casinha?! - Isso mesmo, ele respondeu, depois ele disse o nome dos santos de todas as imagens, que o altar era em madeira folheada a ouro, disse o nome da madeira... Numa sala do lado esquerdo tinha uma pia de batismo trazida da europa e uma gaveteiro em madeira nobre, mais de duzentos anos e não deu cupim, o meu guarda-roupa lá em casa não tem nem 10 anos e está se desmanchando :(
Na sala do lado direito estavam guardados os restos mortais da família dentro de urnas. Assinei o livro, dei R$ 2,00 para ajudar na conservação da igreja ou do bem-estar do garoto, não sei.
Ahhhh, claro, o Paço Imperial fica do lado da Igreja, mas estava fechado.

Saímos de Penedo em direção à Piaçabuçu/AL, onde estava previsto a parada para o almoço. 

É impressionante como tudo muda depois que mudamos de estado, tudo parecia mais bonito, não sei se por ser novidade inspirava toda essa admirição. No meio do caminho tomamos uma decisão importante, não pararíamos para almoçar, economizaríamos esse tempo e destruiríamos os pacotes de Club Social com pate de presunto e biscoito recheado, tudo regado a Citrus. Seguimos margeando o Rio São Francisco, muitas paisagens bonitas, mas poucas fotos tiradas, eu acho que Victor estava ficando enfadado da viagem... Passamos Piaçabuçu e a direção da estrada mudou para o Norte, quando eu parei de contar os coqueiros que tinha visto até então eu estavam em 1.325.765.106 pois quando eu olhei no horizonte e vi aquele mar de coqueiros junto ao mar azul eu desisti. Num ponto alto eu parei para tirar umas fotos.

Daí eu pedi para Victor ir dirigindo para passar o sono dele pois eu queria mesmo era tirar foto de cada pedacinho dessa paisagem deslumbrante, não vou colocar todas aqui porque dá trabalho, mas tem cada uma...
No caminho, cada curva era uma flash e um grito empolgado de "Caraleo!". Pode escrever palavrão aqui?
Passamos batido no Mirante do Gunga, não encontrei a placa e depois eu tava doido para chegar! Antes do pôr-do-sol estávamos chegando em Maceió, era como se a gente estivesse voltando para Natal pela Rota do Sol, mas confesso a vocês, tinha muita coisa interessante para se ver. De cara o choque estrutural, as ruas estreitas, não pareciam nem um pouco com Aracajú, tantas curvinhas e tantos coqueiros dentro da cidade. Deixamos a nossa comissário na casa de sua amiga, que fica bem na entrada da cidade por esse caminho, e como não poderia deixar de ser o GPS indicou o local errado, todos eles!! Mas com um pouco de astúcia conseguimos encontrar o referido edifício. Dalí seguimos para o Hotel, 5 km dalí, dessa vez o GPS errou menos, acertou a rua, mas o Ritz Coralli nos apareceu antes do que esperávamos. Todo aquele bububu para entrar, e a primeira impressão foi ótima, o hotel é novo, moderno, requintado sem exageros, cheio dos gadgets e com internet de primeira. Feito dois maníacos a primeira coisa que fizemos foi ligar os computadores e procurar pelas redes sem fio, enquanto Victor tentava descobrir a senha na recepção eu já tinha metido o cabo no tomada e já está dando sinais de vida! Depois que colocamos a vida em ordem, falamos com quem precisávamos, respondemos mensagens, e-mails e sinais de fumaça saímos para jantar. O destino era o Divina Gula, mas ele fecha na segunda, então saímos sem destino numa cidade desconhecida. Chegamos ao Carlitos, na orla e comemos uma deliciosa pizza Siciliana/Carne de Sol, depois disso estava quase imposível manter-se acordado.

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